Carta pede consulta pública para hidrovia Paraguai-Paraná e portos no Pantanal

Em ato no porto da cidade de Cáceres (MT), manifestantes afirmaram que a população rejeita a implementação da Hidrovia Paraguai-Paraná e de novos portos no Rio Paraguai. A ação, realizada pelo Comitê Popular do Rio Paraguai/Pantanal com o apoio de mais de 70 organizações e movimentos, denunciou a falta de diálogo com a população local que busca defender o bioma pantaneiro, ameaçado tanto pela seca dos rios, como também pelas queimadas. Mais de 70 organizações assinaram um documento com solicitações, que foi entregue à Secretaria de Estado de Meio Ambiente, à Prefeitura de Cáceres, à Marinha, ao Ministério Público Estadual e também será encaminhado ao governo federal. Entre os pedidos está o de que as autoridades assegurem o direito de participação social nos processos, a consulta prévia livre e informada aos povos e comunidades tradicionais. A ação aconteceu na manhã desta quinta-feira (12/11), Dia do Rio Paraguai, quando 30 barcos saíram em procissão com a Nossa Senhora do Pantanal em direção ao Centro da cidade. De lá, os manifestantes partiram em carreata, passando por diversos órgãos públicos onde protocolaram o pedido de proteção do rio. A carta completa pode ser acessada abaixo: Das ameaças ao Rio Paraguai – Pantanal Imagem: Comitê Popular do Rio Paraguai

Manifestantes pedem ao BNDES o fim do financiamento a petróleo, gás e carvão

Ação da 350.org e da Ahomar, no Rio de Janeiro, convoca o BNDES a destinar recursos para setores que apoiem comunidades vulneráveis e ajudem o país a lidar com a crise climática Rio de Janeiro, 12 de novembro – Na manhã desta quinta-feira, ativistas da 350.org e pescadores da Associação dos Homens e Mulheres do Mar da Baía de Guanabara (Ahomar) realizaram uma manifestação em frente à sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no Centro do Rio de Janeiro, para convocar a instituição a deixar de financiar projetos dos setores de petróleo, gás e carvão, responsáveis pela crise climática que já prejudica milhões de pessoas em todo o mundo. Cálculo elaborado pela 350.org, a partir de dados do próprio BNDES, indica que o banco financiou mais de R$ 90 bilhões, entre 2009 e 2019, em projetos do setor de combustíveis fósseis. Os manifestantes pedem que o banco público direcione os recursos dos contribuintes para iniciativas que melhorem a qualidade de vida das comunidades mais vulneráveis e contribuam para que o Brasil adapte-se às mudanças no clima, em áreas como energias renováveis, transporte público eficiente nas grandes cidades e habitação popular para moradores de zonas de risco. “O país enfrenta uma grave crise econômica, provocada pela pandemia, e uma severa crise ambiental, agravada pelas mudanças climáticas, como mostram os incêndios recentes no Pantanal. É urgente que o BNDES e outros bancos de desenvolvimento parem de queimar o dinheiro do cidadão em setores que só pioram a emergência climática e concentram lucros nas mãos de poucas grandes empresas”, afirma Ilan Zugman, diretor da 350.org na América Latina. Ativistas ambientais também realizaram protestos pelo fim do financiamento às energias sujas em Paris, Manila (Filipinas) e Abuja (Nigéria), como parte de uma semana de mobilizações para exigir que os bancos de desenvolvimento contribuam com a recuperação justa da economia global frente à pandemia de Covid-19. As ações ocorreram simultaneamente à cúpula Finance in Common, primeiro encontro internacional de representantes de cerca de 450 bancos de desenvolvimento, com a finalidade de discutir medidas coordenadas de estímulo à economia e enfrentamento às mudanças climáticas. Foto: Manifestantes erguem cheque gigante em referência aos financiamentos do BNDES a combustíveis fósseis. Crédito: Lucas Landau Texto: 350.org