É preciso repensar a infraestrutura de transportes e os corredores logísticos

Lançamento de Video / Lanzamiento de vídeo / Video Launch 🌏No contexto da COP 30 em Belém, o GT Infraestrutura e Justiça Socioambiental lançou um vídeo que destaca como a maior parte do desmatamento na Amazônia – principal fonte de gases de efeito estufa no Brasil e em outros países – ocorre ao longo de corredores de transporte. O vídeo demonstra que a expansão de rodovias, hidrovias e ferrovias para escoar commodities do agronegócio, especialmente a soja, intensifica o desmatamento, a especulação fundiária, a grilagem de terras públicas e a expulsão de comunidades tradicionais. Contudo, o material também aponta que é possível agir de forma diferente, com um planejamento de infraestrutura baseado em boas práticas de transparência, participação e respeito aos direitos das comunidades locais. Em um cenário onde as negociações internacionais sobre a redução do desmatamento de florestas tropicais têm priorizado mecanismos de mercado, este vídeo ressalta a importância de enfrentar as causas-raiz dos problemas por meio de políticas públicas eficazes e ações concretas. Durante a COP, o vídeo foi exibido para movimentos sociais na Caravana da Resposta; no evento “Projetos de logística e de infraestrutura: sua contribuição para o agravamento da crise climática e seus impactos aos povos e comunidades tradicionais”, realizado com a Cáritas Brasileira na Cúpula do Povo, em 15 de novembro; e no evento “Corredores logísticos, derechos socioambientales y el papel de las instituciones financieras en la Amazonía”, em 16 de novembro, que contou com a participação do BIC e outros parceiros. Abaixo você pode assistir o vídeo e ler mais sobre a temática. 🇧🇷 PORTUGUÊS Repensando a Infraestrutura de Transporte na Amazônia: Oportunidades e Desafios Este vídeo evidencia como os corredores de transporte na Amazônia — iniciados com a abertura de rodovias nas décadas de 1960 e 1970 como estratégia de ocupação territorial — se transformaram em vetores de desmatamento e conflitos socioambientais. Historicamente baseados em pecuária extensiva, hidrelétricas, mineração e exploração madeireira, esses corredores intensificaram a degradação ambiental, frequentemente acompanhados de violência contra comunidades locais. Mais recentemente, grandes grupos do agronegócio priorizaram corredores de transporte na Amazônia — rodovias, hidrovias, portos e ferrovias — para escoar commodities como a soja aos mercados de exportação. Embora apresentados como projetos de infraestrutura “verde”, esses empreendimentos aprofundaram o desmatamento, alimentando práticas como especulação fundiária, grilagem de terras públicas, expulsão de comunidades tradicionais e destruição florestal acelerada. O vídeo demonstra que é possível construir um futuro diferente mediante planejamento de infraestrutura que priorize: 1) proteção de florestas e rios como infraestrutura vital para a vida; 2) atendimento às necessidades das comunidades locais; 3) análise rigorosa de riscos socioambientais dos corredores de transporte, identificando alternativas e evitando projetos destrutivos; 4) respeito ao direito de consulta livre, prévia e informada dos povos indígenas e comunidades tradicionais; 5) fortalecimento da governança territorial antes do início das obras, incluindo combate à grilagem de terras públicas e demarcação de territórios indígenas e quilombolas. Em um momento em que negociações internacionais sobre redução do desmatamento tropical enfatizam mecanismos de mercado, este vídeo reafirma a necessidade imperativa de enfrentar as causas raiz dos problemas por meio de políticas públicas efetivas e ações concretas. Com transparência e participação social genuína, é possível construir um novo modelo de infraestrutura: justo, sustentável e com a Amazônia viva! Vídeo produzido por Todd Southgate e GT Infraestrutura, com o apoio do Fundo Socioambiental CASA Link do vídeo: https://youtu.be/Uvl6nAniG0M 🇪🇸 ESPAÑOL 🌏 En el contexto de la COP 30 en Belém, el Grupo de Trabajo de Infraestructura y Justicia Socioambiental (GT Infraestrutura e Justiça Socioambiental) lanza un video que destaca cómo la mayor parte de la deforestación en la Amazonía – principal fuente de gases de efecto invernadero en Brasil y otros países – ocurre a lo largo de los corredores de transporte. El video demuestra que la expansión de carreteras, hidrovías y ferrocarriles para el transporte de commodities del agronegocio, especialmente la soja, intensifica la deforestación, la especulación inmobiliaria, la apropiación ilegal de tierras públicas y la expulsión de comunidades tradicionales. Sin embargo, el material también señala que es posible actuar de manera diferente, con una planificación de infraestructura basada en buenas prácticas de transparencia, participación y respeto a los derechos de las comunidades locales. En un momento en que las negociaciones internacionales sobre la reducción de la deforestación de bosques tropicales han priorizado los mecanismos de mercado, este video subraya la importancia de abordar las causas fundamentales de los problemas mediante políticas públicas eficaces y acciones concretas. Durante la COP, el video fue exhibido para movimientos sociales durante la ‘Caravana da Resposta’; en el evento ‘Proyectos de logística e infraestructura: su contribución al agravamiento de la crisis climática y sus impactos en los pueblos y comunidades tradicionales’ con Cáritas Brasileira en la Cumbre de los Pueblos, el 15 de noviembre; y en el evento ‘Corredores logísticos, derechos socioambientales y el papel de las instituciones financieras en la Amazonía’, el 16 de noviembre, que se realizó con el BIC y otros socios. Repensando la infraestructura de transporte en la Amazonía: Oportunidades y desafíos Este video muestra cómo los corredores de transporte en la Amazonía —desde la apertura de carreteras en las décadas de 1960 y 1970 como parte de un proyecto de ocupación territorial— se han convertido en vectores de deforestación y conflictos socioambientales, con frecuencia acompañados de actos de violencia. Históricamente basados en ganadería extensiva, represas hidroeléctricas, minería e industria maderera, estos corredores intensificaron la degradación ambiental. Recientemente, grandes grupos agroindustriales han priorizado corredores de transporte en la Amazonía —carreteras, vías fluviales, puertos y ferrocarriles— para transportar commodities como la soja a mercados de exportación. Aunque presentados como proyectos de infraestructura “verde”, estas iniciativas han profundizado la deforestación, alimentando prácticas como especulación de tierras, apropiación ilegal de tierras públicas, desplazamiento de comunidades tradicionales y destrucción forestal acelerada. El video demuestra que es posible construir un futuro diferente mediante una planificación de infraestructura que priorice: 1) protección de bosques y ríos como infraestructura vital para la vida; 2) atención a las necesidades de las comunidades locales; 3) análisis riguroso de riesgos