No ar: desafios reais para a redução do desmatamento no Brasil, com Nilto Tatto

Entrevista com o coordenador da Frente Parlamentar Mista Ambientalista já está disponível no Spotify O presidente Lula tem afirmado, em várias oportunidades, que a agenda socioambiental será prioridade em seu governo. Como podemos fazer isso, saindo do discurso para virar uma prática que leve à infraestrutura que queremos? Para responder a essa pergunta, Sérgio Guimarães recebe, no segundo episódio desta temporada do podcast Infraestrutura Sustentável, o deputado federal Nilto Tatto, coordenador da Frente Parlamentar Mista Ambientalista.  Em seu 16º ano de atuação e com a participação de 138 deputados, a Frente é um importante aliado da sociedade civil, para que o governo cumpra a sua promessa de priorizar a agenda socioambiental, barrando retrocessos e finalmente avançando na construção de uma infraestrutura que seja boa para as pessoas e que respeite a natureza. Escute no Spotify.

Novo infográfico mostra as quatro dimensões para planejar a infraestrutura na Amazônia

Natureza, cuidado, serviços e cooperação precisam ser considerados para um desenvolvimento bom para a floresta e para as pessoas. Entenda cada aspecto “Quais as infraestruturas necessárias à melhoria da qualidade de vida das pessoas na Amazônia e a suas atividades produtivas vinculadas ao uso sustentável da biodiversidade?” Em resposta a essa pergunta, o economista e professor da Universidade de São Paulo, (USP) Ricardo Abramovay, propõe quatro dimensões estratégicas para promover o desenvolvimento sustentável na Amazônia, virando referência para o mundo: natureza, cuidado, serviços e cooperação. O modelo foi apresentado no livro “Infraestrutura para o desenvolvimento sustentável da Amazônia” (Elefante), que acaba de virar um infográfico ilustrado, com as principais barreiras e caminhos de cada aspecto. O trabalho responde a uma solicitação do GT Infraestrutura, uma rede de mais de 50 organizações focada no estudo e debate da infraestrutura com justiça socioambiental. O grupo tem se dedicado a apontar alternativas chamadas de “infraestrutura que queremos”, que é justamente o caminho para o qual as dimensões propostas apontam. Essa nova organização desenvolvida por Abramovay nos ajuda a pensar a infraestrutura tirando o foco dos megaprojetos e transferindo o olhar para uma economia que resulte num cuidado maior com as pessoas, tanto no campo quanto nas cidades. “A floresta é a mais importante e promissora infraestrutura para o desenvolvimento sustentável”, destaca o professor. Confira o infográfico aqui. Sobre o autor Ricardo Abramovay é Professor Titular da Cátedra Josué de Castro da Faculdade de Saúde Pública e do Programa de Ciência Ambiental da Universidade de São Paulo (USP). Autor de “Amazônia: Por uma Economia do Conhecimento da Natureza”, também da editora Elefante. Texto: Angélica Queiroz